Érico verissimo
Bom, sei que foram tantos dias sem colocar uma palavrinha sequer, eu sei, eu sei... Mas andei meio sem tempo, e com os pensamentos vazios, e se for pra eu vir colocar algo aqui só pra preencher espaço, prefiro ficar calada.Digo isso desde os sete anos de idade, quando alguém falava abobrinhas perto de mim.
Mas o que interessa, e muito a minha pessoa, é que chegou o momento mais esperado do semestre. Chegou o convite Do Seminário de Língua e Literatura, abordando desta vez o “Universo Literário de Érico Veríssimo”. Sempre achei este um belo escritor, sou uma amante verissimiana. Impossível não se envolver em suas tramas e enredos, amores e batalhas. Todos os livros dele que li, travavam algum tipo de batalha, ou entre si mesmo (Clarisse) ou em “peleias” onde Campolargos e Vacarinos disputavam terras na faca. A partir do momento em que abro um livro dele, passo de leitora a personagem, e fico viajando numa sensação que fica em mim ainda depois de alguns dias de terminada a leitura. Até acho que Érico tenha tido essa disposição pra falar de algo que envolva o confronto, devido as dificuldades que passara quando jovem, de ver seu reinado arruinar- se, e de ter que brigar com a crítica literária no início de sua carreira.
Por coincidência, anda circulando pela net, uma “corrente”, digo, da melhor que já tive noticia, pque acho de estremo mau gosto qualquer tipo de corrente, a não ser que ela tenha algum valor pra ser absorvido, como esta. Mas essa eu infelizmente não recebi, ainda to no aguardo! Bom, a tal corrente tem o filme farenheit como alicerce, ou seja, Se você tivesse que salvar um livro da extinção, qual livro seria? Mas por que este livro? Digo coincidência porque semestre passado fiz um trabalho sobre o tal filme... e adivinha qual livro eu salvei? “Solo de Clarineta” Érico Veríssimo. Porque? Ah, pque é onde ele narra sua vida, viagens e aventuras ao longo dela, brincadeiras de infância que me fizeram lembrar e ter a sensação das minhas brincadeiras, como se o livro fosse uma máquina do tempo que me transportasse a uma parte feliz que tive. É claro, além de ter falado de outros livros dele, de “Acidente em Antares” que é escrito na forma de Realismo Fantástico, ( Escrevia verdades, escondidas nas ações dos personagens, dando indiretas pro governo) Em plena ditadura militar.... Esse era seu Érico...
Sei que a partir de amanhã, meus olhos e ouvidos estarão atentos:
“O processo criativo em Érico Veríssimo”
“Literatura e memória- A obra Verissimiana”
“Realidade e ficção mas cartas de Érico Veríssimo”
“Acervo Literário: Espaço para permanência da memória”
“Os leitores críticos de Érico Veríssimo”
Nunca parei pra falar de livros aqui, não que eu não tenha tido vontade , mas sei que todos sabem de uma tal importância, da travessia deles através dos séculos, levando informação a toda parte, são uma busca segura de informações, tem pra tudo que é tipo de gosto, e se não fossem eles como poderia eu, ter encontrado muitas respostas pro que procuro? Sendo assim, tentarei aproveitar ao máximo então essa nova chance de absorver um pouquinho mais. E quanto ao salvar um livro da extinção, eu salvaria o quanto pudesse carregar na alma, e o quanto pudesse levar nos braços, salvaria sim esse deixado, e talvez deixasse outro também.
©ALEV/PUCRS- 06 a 0427-1961
Érico Veríssimo examina páginas de O Arquipélago, Terceira parte-
O tempo e o Vento, ainda em processo de criação , em 1961