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quinta-feira, agosto 24, 2006

Será que eu exagerei??

De: . ELA@.com.br
Enviada em: quarta-feira, 23 de agosto de 2006 17:56

Para: ELE@.com.br
Assunto: Piada de casamento!!!




>>Conto de Fadas >> >> >>Era uma vez um casal que fazia bodas de prata e estava também celebrando >>seus 50 anos de idade. >>Durante a celebração, apareceu uma fada e lhes disse: >>- Como prêmio por terem sido um casal exemplar durante 25 anos, concederei >>um desejo a cada um de vocês! >>- Quero viajar ao redor do mundo com o meu querido marido - pediu a >>mulher. >>A fada moveu a varinha e... zás! >>As passagens apareceram nas mãos da senhora. >>Em seguida, foi a vez do marido. Ele pensou um momento e disse: >>- Bem, esse clima está muito romântico, mas uma chance dessas só se tem >>uma vez na vida. Então... bom, desculpe, benzinho - disse, olhando para a >>esposa - mas, meu desejo é ter uma mulher 30 anos mais jovem do que eu! >>A fada ficou chocada, mas pedido é pedido. Então, fez um círculo com a >>varinha e... zzzzzzzzás! >>O homem ficou com 85 anos! >> >>Moral da história: >Alguns homens são sacanas, e as fadas madrinhas são mulheres!
>

>
Hahahaha. Toma espertinho!
>

( E no desenrolar dos fatos...)

(RESPOSTA DELE):

De:ELE@.com.br
Para:ELA@.com.br
Data:Thu, 24 Aug 2006 11:24:39 -0300
Assunto:RES: RES: Piada de casamento!!!



Ai, ai, ai…
Que coisa bem feia esta piada…

(RESPOSTA DELA):

De:"'. ...ELA@.com.br
Para:...ELE@.com.br
Assunto:RES: RES: Piada de casamento!!!


Não achei nada feia, aliás, somente o gosto do marido após todos esses anos de dedicação... mas tô começando a achar que homem age assim mesmo... nunca esta contente com "a" que tem, sempre deseja outra e uma só não supre as necessidades (e eu lá sei quais são as necessidades de um homem? nunca me disseram...)
E chegará um dia em que nós mulheres desistiremos de tentar, cansaremos de fazer parte integralmente da vida de vocês.
Deixaremos aquele sorriso pra traz aquele brilho no olhar, aquele agradinho surpresa fora de hora, o carinho. Nos tornaremos seres hiper parecidos com os homens, o mundo vai ser uma grande bola quadrada, chata mesmo, cheia de cerveja e pôsteres de mulheres bonitas, (já que nós não mais faremos questão de ser), Não haverá cheiro de banho recém tomado, de colônia doce no ar, aquele café nos dias frios, com a fumaça subindo pela xícara e trazendo o conforto de uma alma aquecida. Tudo muito simples, sem muita criatividade, sem shoppings e supermercados, e todas as cores com o passar dos dias se difundirão e se tornarão cores primárias, meio esmorecidas pelo esquecimento. O homem não precisa mesmo delas, enxerga meio em preto e branco. Já essa grande bola meio quadrada, agora em azul desbotado, será tomada por objetivismos, com muita noção de espaço, transações financeiras e saldo de gols. Haverá também um bar aberto 24horas, onde se possa comentar sobre esses dois últimos, comendo uma batata frita, antes emergida em gordura trans. A última refeição natural, light ou nutritiva, ocorrera meses atrás, quando todas as tramóias passavam despercebidas e eram aceitas por algumas mulheres.
Digo, pobre do mundo, e não dos homens, que sem nós mulheres perderá o feminino, o que encanta, e perderá também o ar da graça.

Fulano, (nome dele) fulano(nome dele)...
Bjo
(Nome dela)

E ai, será que exagerei??

Por Mônica às 12:41 |


sexta-feira, agosto 18, 2006


A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever.
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho -- um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.

E em meio à minha aula de Literatura descritiva Portuguesa, a prof. Nos dá essa crônica para ser analisada... sinto quase uma lágrima vinda ao canto dos olhos...
A última crônica.
Fernando SabinoBrasil, 12/10/1923-11/10/2004.
Do livro A Companheira de Viagem.

Por Mônica às 15:24 |


quarta-feira, agosto 02, 2006

E o teu silêncio

...faz com que eu não me sinta em mim,
Como algo que desconsola o que talvez não tenha remédio
O que não tenha sido... e o que não tenha tempo de ser...
Nossa estória não passa de um imenso, vasto talvez,
E o talvez pode ser tudo, menos algo concreto. È impossível viver
Em torno de algo que não seja concreto.


E o teu silêncio demonstra talvez meu fracasso,
Fracasso que me diz que não sou tua, que tu não es meu, e sim,
de quem for realmente especial. Mas não esse ser especial meio morno,
e sim que te acenda um sentimento maior, te faça sair de órbita e voltar sem nem sentir,
um sentimento daquele que eu fui incapaz de te causar.

É que tem coisas na vida que não podem ser medidas, pessoas que não podem ser meticuladas, elas são o que são e não mudam. Por isso corre - se o risco de não passar no hall de idealizações.

E o teu silêncio demonstra talvez meu erro.
Meu erro de ter pensado em possibilidades maiores,
de ter te sentido como eu nunca havia antes,
de ter ocupado o mesmo espaço,
segundo a segundo, detalhe a detalhe...

O que vale é que emoções sentidas, nunca estarão perdidas,
Menos mal que tudo foi positivo, e é bom frisar que entre essas linhas
Não há, jamais espaço para arrependimentos.Mesmo sem saber se seremos um do outro novamente. Valeu pelo que foi, pelo que fomos e pelo que sentimos.
Por Mônica às 09:19 |