E ela é tão silenciosa,
que despercebida foi chegando...
como palavras ditas no ouvido, num momento sublime, penetram como se fossem bailando nossos instintos, envolvendo sem dar a noção de tempo.
Hora aqui, hora lá... tudo ao mesmo ritmo.
Ela é tão misteriosa,
com seu poder de ir e vir e tornar a ser... e nunca cessar.
Ah, que caminho percorrera nesse intervalo de tempo em que não viera me visitar?
Pássaros, borboletas e capim,
Ou terá tocado ela outras pessoas que não a mim?
Por isso, me sinto em vezes enciumada, outras ainda encantada, ah...dona dessa liberdade expressa em gotas...
nesse momento posso percebê- la, pois se mostra em estado de graça, elegante e incessante como se a me provocar.
E já que de tempo não disponho,
fico assim, a me concentrar em suas lamurias aquosas, já que ela lá fora veio molhar e encantar os sensíves, e cabe a mim, somente vez ou outra ir á janela contemplar...
Comemplar essa chuva que veio,
E que agora dança, ao som dos pássaros e como se não bastasse,
me tem ao seu encanto e esta também sob a mira do meu olhar.
...