E no ano em que o Poetinha completa 100 anos, venho falar de poesia, desta vez não querendo sorver o sentido das palavras que se envolvem, fazem curvas, vão e vem desabrochando sensações e revelando sentidos, e sim, apenas falar, ainda que minha rima não poderá jamais se aproximar das dele. Porque ele era único. E, entre idéias, façanhas, cigarrinhos, Praça da Alfândega e os cafés, ele sabia de sua pessoa interior não necessitava muito para ser feliz, lá daquele jeitinho que ele bem era.
Eu mesma simpatizei com ele desde a primeira vez que o vi na Feira do Livro de Porto Alegre, eu era uma criança mas aquele velhinho de sorriso simpático e coração doce, não saíram de mim. Esta é uma das coisas das quais adoro meu curso, das aulas em que temos que mergulhar mais a fundo, analisar como estava a alma e o espírito do escritor, e o que o fez escrever tais palavras, eu ao menos gosto de me colocar no lugar, porque ai entendo melhor, é como se eu entrasse numa máquina do tempo e me transportasse para uma época onde haviam muitas coisas pra descobrir, onde os livros eram escritos à maquina, onde haviam cavalheiros gentis em relação às moças, e ainda podiam andar a pé sem se preocupar muito com o tempo, ou com algum transeunte que se aproximasse. Analisar então os primeiros escritores brasileiros então, nossa, parecia eu estar tomando um suco de limão embaixo da “Palmeira onde canta o sabiá”.
Quintana sabia ser verdadeiro, um poeta do dia a dia, fazia poesia nas coisas mais simples, isso quase me prova que ele via o Mundo com uns olhos diferentes. Impossível não se identificar com suas palavras vivas, onde percebemos a alma das palavras postas em fileiras, como se jogadas ao vento para que tomassem a forma que quisessem, e ai a união umas às outras finalizando uma forma saborosa aos ouvidos.
Eu já havia publicado um post, não o salvei e deu erro, resultado: Esse post foi todo reescrito, e com tempo contado... tic..tac...tic. E sem dúvidas antes elas estavam mais entoadas, porque fiz numa hora de maior inspiração. E vocês verão algo relacionado com ele por ai pelo blog, aproveitando a desculpa de que não se fazem 100 anos duas vezes, e tão logo, duas homenagens também.
Algo que tenho pra mim:
Uma poesia não deve jamais ser lida com os olhos, e sim com o coração.